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09 março 2012

Estudo 1: A SUTILEZA DE SATANÁS NO FIM DOS TEMPOS

Cedido por Ereny Lopes, Profª da Escola Dominical

Sumário

Estaremos estudando por um período um assunto muito importante, principalmente para os dias em que vivemos.

Desde o início da Igreja de Cristo, Satanás sempre procurou atacá-la para destrui-la, infiltrando falsas doutrinas para confundir os cristãos e fazer com que a Igreja perdesse a sua essência.

Os apóstolos procuraram ensinar os crentes a verdadeira doutrina e o cuidado que deviam ter com as que eram falsas.

Hoje estamos enfrentando muitos falsos ensinamentos e por isso é necessário que tenhamos conhecimento bíblico, para que possamos refutar as doutrinas que surgem no mundo atual. Quase sempre nos deparamos  com doutrinas que não são bíblicas e que estão sendo ensinadas em igrejas que se dizem evangélicas.
Por isso a Escola Bíblica Dominical preparou esta série de assuntos apologéticos para que não sejamos enganados por falsos mestre e suas falsas doutrinas.

A maior parte desse estudo foi compilada da Revista Lições Bíblicas "Heresias e Modismos", escrita por Ezequias Soares e editada pela CPAD. 2º trimestre de 2006.

O Pastor Ataide Alves de Freitas teve o cuidado de escrever sobre o Catolicismo Romano.

.-.

A SUTILEZA DE SATANÁS NO FIM DOS TEMPOS

Texto Áureo
"Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo".
Cl 2.8

Leitura bíblica: Colossenses 2.4-11

Introdução

Queridos irmãos, nesse período estaremos estudando Heresiologia, isto é Seitas, e também Modernismo.

Sabemos que nestes últimos dias Satanás tem usado de todas as suas astúcias para enganar os escolhidos de Deus. Por isso precisamos conhecer bem as Sagradas Escrituras e também as coisas que acontecem para não sermos enganados.

Comentário

Desde os tempos bíblicos, Satanás vem usando os seus agentes a fim de levar o povo de Deus a desacreditar na Bíblia, na divindade e não obra redentora de Cristo. Temos de estar devidamente preparados para detectar e desmascarar suas sutilezas. Sem dúvida, esse é um dos maiores desafios da Igreja de Cristo nestes últimos dias.

I. OS ARDIS DE SATANÁS

   1. Seus disfarces
  • Desde a fundação da Igreja, os falsos mestres vêm disfarçando-se entre os filhos de Deus para disseminar suas heresias. Jesus disse que os mestres do erro apresentam-se "vestidos como ovelhas, mas interiormente são logos devoradores" (Mt 7.15). A Bíblia classifica os tais como "falsos apóstolos" e "obreiros fraudulentos", identificando-os como agentes de Satanás que se transfiguram "em ministros da justiça" (II Co 11.13-15). Devemos, por isso, acautelar-nos deles.

2. Suas estratégias
  • Os expositores sectários preocupam-se com a aparência, pois costumam apresentar o seu movimento como um paraíso perfeito (II Tm 3.5). Infelizmente, muitos são os que caem nessas armadilhas. Uma vez fisgados por eles, dificilmente conseguem libertar-se, uns por causa da lavagem cerebral que recebem, outros em razão do terrorismo psicológico e da pressão que sofrem de seus líderes. Seus argumentos são recursos retóricos bem elaborados e persuasivos, para convencer o povo a crer num Jesus estranho ao Novo Testamento (II Co 11.3).

II. A PERÍCIA DOS HERESIARCAS

1. "Palavra persuasivas" (v.4)
  •  Os falsos mestres, a quem os apóstolos se referem, estavam envolvidos com o legalismo judaico: circuncisão (Cl 2.11), preceitos dietéticos e guarda de dias (Cl 2.16). Há também várias referências ao gnosticismo (doutrina eclética que procurava explicar o sentido da religião e da vida por meio do conhecimento). (Cl 2.18, 23). O verbo grego paralogizonai, "enganar", seduzir com raciocínios capciosos", descreve com precisão a perícia dos falsos mestre na exposição de suas heresias. O nosso cuidado deve ser contínuo para não nos tornamos presas desses doutores do engano.

2. O Jesus que recebemos (vv.6,7)
  •  O apóstolo insiste que devemos andar de acordo com o evangelho, a fim de ficarmos arraigados, edificados e firmados na Palavra de Deus. Entretanto, a mensagem dos agentes de Satanás é sempre contra tudo o que cremos, pregamos e praticamos. Às vezes, há alguns pontos aparantemente comuns entre nós e eles, e nisso reside o perigo, visto que é por onde tais ensinos se introduzem.

3. A Simplicidade do Evangelho
  • A mensagem do Evangelho é simples e qualquer ser humano, independente de seu preparo intelectual e origem, é capaz de entender; basta dar lugar ao Espírito Santo, que convence o homem "do peado, da justiça e do juízo" (Jo 16.8). A conversão ao cristianismo não é resultado de estratégia de markenting, nem de técnicas persuasivas (I Co 2.4). Não é necessário, portanto, um "curso de lógica" para alguém ser salvo ou entender os princípios da fé cristã.

III. AS SUTILEZAS DO ERRO

1. "Ninguém vos faça presa sua" (v.8)
  • O significado de "presa" revela o que acontece, ainda hoje, com os adeptos das seitas. O verbo grego sylagõgeõ, "levar como despojo, prisioneiro de guerra, sequestro, roubo", descreve estado espiritual dos que seguem os falsos mestre. Um dos objetivos dos promotores de heresias é escravizar as suas vítimas para terem domínio sobre elas (2.18; Gl 4.17). Hoje, muitos estão nos grilhões das seitas como verdadeiros escravos.

2. "Por meio de filosofias"
  • Não há indícios de que o apóstolo esteja fazendo alusão às predominantes do mundo romano na era apostólica e são mencionadas no Novo Testamento (At 17.18). As "filosofias" de que Paulo trata são conceitos mundanos, contrários à doutrina e a ética cristã. Qualquer sistema de pensamento, ou disciplina moral, era, naqueles dias, chamado de "filosofia".

3. "Vãs sutilezas" (v.8c)
  • Engano e sutileza, nesse contexto, significam a mesma coisa. A palavra grega usada para sutileza é apate, isto é, "engano" (Ef 4.22). "Sedução" (Mt 13.22). É usada para referir-se a pessoas de conduta enganosa e embusteira que levam outras ao engano. É mediante tais recursos que os mestre do ero conduzem suas vítimas ao desvio, tais sutilezas impedem as pessoas de verem a verdade e, como consequências, tornam-se cativas das astúcias de Satanás.

4. "Segundo a tradição dos homens" (v.8d)
  • Não é a tradição apostólica nem judaica, mas um sincretismo de elementos cristãos, judaicos e pagãos: angelolatria e ascetismo, por exemplo. Eram práticas que se opunham ao evangelho. Trata-se de tradição humana, ao passo que o evangelho veio do céu (Gl 1.11,12).

Nota:

Tradição humana - Crença em um corpo de tradições lendárias que, pela sua antiguidade, era merecedora de crédito e anuência.

Sincretismo - Reunião de diversas crenças opostas.
Ascetismo - É uma filosofia de vida na qual são refreados os prazeres mundanos.
IV. OS RUDIMENTOS DO MUNDO

1. O significado de "rudimentos" (v.8)
  • A expressão "espírito vivo", que se difundia por toda a natureza como força vivificante, ou "rudimentos do mundo", literalmente é: "elementos do universo", ou "rudimentos do mundo", em nossas versões. A palavra stoicheion, "fundamentos, elemento", aparece na filosofia grega para quatro elementos da natureza: terra, água, ar e fogo que, segundo ensinavam os físicos gregos, compõem a totalidade do mundo (II Pd 3.10,12). Para outra escola filosófica da Grécia, significava "elementos espirituais", ou "espírito vivo", que se difundia por toda a natureza como força vivificante.

2. O apóstolo se refere a que "rudimentos"?
  • Essa palavra é usada, também, como o sentido de "princípio básico" (Hb 5.12) e de "elementos judaicos" ou "adoração cósmica" do sincretismo helênico (Gl 4.3,9). O termo deve ser analisado à luz do contexto e, aqui, mostra que são uma referência aos poderes demoníacos que se opunham a Cristo. Veja que o apóstolo contrapõe esses rudimentos a Cristo "segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo".

3. A deidade de Cristo em jogo
  • Cristo é superior a todos os poderes (Ef 1.21). Os crentes, portanto, não precisam dos stoicheia, ou poderes demoníacos, apresentados pelos falsos mestres. As vãs filosofias são oriundas dos homens e do reino das trevas e não de Cristo. Ha uma diferença abissal entre Cristo e os rudimentos do mundo. Não se trata, por conseguinte, de um demiurgo dos gnósticos, nem dos podres cósmicos dos adeptos da Nova Era (v.9).

4. O significado de "toda a plenitude da divindade" (v.9)
  • Temos, neste contexto, o Deus verdadeiro com toda a sua plenitude. O sentido de "divindade", no texto original, é "deidade". Um conceituado dicionário de grego afirma: "deidade, difere de divindade, como a essência difere da qualidade ou atributo". Na "qualidade divina", para adaptar à Bíblia as suas crenças, atividade própria dos falsos mestres.

Nota:

Abissal - Relativo ao abismo; distância entre uma coisa e outra.
Gnóstico:
Adepto do gnosticismo - doutrina eclética que procurava explicar o sentido da religião e da vida por meio do conhecimento.

Conclusão

O povo de Deus vive em constante batalha espiritual. O inimigo sempre trabalhou para desviar os crentes da vontade divina, induzindo-os a crenças falsas e práticas que desonram ao Criador. Por isso, devemos estar atentos quando um movimento religioso apresenta-se com persuasão e argumentos aparentemente convincentes. Trata-se geralmente, de alguém que pretende mostrar-nos algo que está de acordo com a Palavra de Deus.

Auxílio Suplementar

"O que significa "Seita"?

1. Etimologia
  • O historiador Flávio Josefo e muitos outros escritores antigos usaram a palavra hairesis com sentido de "escola" de pensamento, "doutrina" ou "religião", sem conotação pejorativa. O verbo grego haireõ, de onde vem o substantivo em foco, segnifica "escolher". Na literatura clássica tem o sentido de escolha filosófica ou política. Todavia, o Novo Testamento traz essa palavra com o sentido de "divisão, dissensão", pois lemos: "E até importa que haja entre vós heresias, para os que são sinceros se manifestem entre vós" (I Co 11.19). A versão Almeida Atualizada traduziu por "partido"; a NVI, por "divergências"; a Tradução Brasileira, por "facção". A mesma palavra aparece em Gálatas 5.20 sendo traduzida por "dissensão". Convém salientar que a palavra grega para "herege", que aparece em Tt 3.10, hairetikos, é adjetivo que vem do referido substantivo grego. O sentido de erro doutrinário, como "heresia", no campo teológico que nós conhecemos hoje, aparece pela primeira vez em II Pd 2.1. É nessa acepção que refutamos tais heresias.

2. Conceituação
  • Atualmente a palavra "seita" é usada para designar as religiões heterodoxas ou espúrias. É uma palavra já desgastada, trazendo em si, muitas vezes, um tom pejorativo. São grupos que surgiram de uma religião principal é seguem as normas de seus líderes ou fundadores e cujos ensinos divergem da Bíblia nos principais pontos da fé cristã. São uma ameaça ao cristianismo histórico e um problema para as igrejas.

3. Problemas (...)
  • As heresias afetam os pontos principais da doutrina cristã principalmente no que diz respeito à Trindade, ou seja, o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Outros pontos são: A natureza do homem, o pecado, a salvação, a origem da criação em geral o destino do ser humano, o que são os anjos, o que é a igreja, o significado das Escrituras, etc. Porem, o erro mais grave é em respeito à divindade. O Errar em outros pontos da fé cristã pode até não afetar a salvação, mas a doutrina de Deus é inviolável. Negar "o Senhor" é trazer sobre si repentina destruição.

Os novos movimentos internos como a Confissão Positiva e o G-12 não devem ser classificados como seitas, pois além de não afetarem os pontos salientes da fé cristã, seus ensinos e práticas não são necessariamente heresias, mas aberrações doutrinárias. O efeito destrutivo pode ser pior do que os movimentos externos, pois Satanás se utiliza, muitas vezes, da arrogância ou da ignorância dos mentores dessas inovações para causar divisões nas igrejas.


Nota:
     Igreja Evangélica Congregacional do Porto do Rosa - RJ
    As publicações são de inteira responsabilidades de seus autores

04 março 2012

Biografia Bíblica - DAVI

1 Samuel 16.11-13

11 - Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar, porquanto não nos assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui.

12 - Então, mandou em busca dele e o trouxe (e era ruivo, e formoso de semblante, e de boa presença). E disse o Senhor: Levanta-te e unge-o, porque este mesmo é.

13 - Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi. Então, Samuel se levantou e se tornou a Ramá.

Introdução

O nome Davi é mencionado mais vezes que qualquer outro personagem do Antigo Testamento, foi músico hábil, pastor de ovelhas, rei, profeta, ousado em decisões e estratégias militares, enfim, um grande estadista. Em seus momentos de fraqueza, soube se humilhar, se arrepender e esperar de Deus o perdão.

Foi o segundo rei do reino unido de Israel, ancestral de Jesus Cristo e escritor de diversos salmos. O registro da vida de Davi encontra-se em 1Samuel 16.31; 2Samuel 1-24; 1Reis 1-2; e 1Crônicas 10-29.

HISTÓRICO

Passou sua juventude em Belém. Era o filho mais novo de Jessé, respeitado cidadão da cidade, dentre oito irmãos (1Sm 16.10-11; 17.12-14). Sua mãe foi ternamente lembrada por sua piedade (Sl 86.16). Por ser o mais moço, Davi guardava os rebanhos de seu pai. E nessa função, demonstrou coragem e fidelidade, matando um leão e um urso que haviam atacado aos ovelhas.
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Israel encontrava-se decadente nas mãos do rei Saul, escolhido pela própria nação, em represália à Teocracia, que regia o povo por meio de Samuel. Devido ao caos do reinado, a nação ficou assim:

1º) As condições sociais e política da época não eram boas. Por quê?

Porque o povo havia se corrompido e se afastado de Deus. Eli e seus filhos perversos haviam morrido. Deus escolheu Samuel para sucedê-lo, era o último dos juízes. Como estava avançado em idade, Samuel constitui seus filhos juízes sobre Israel, mas eles não andaram nos caminhos do Senhor (1Sm 81-3). Gerou-se uma insatisfação na nação, que começou a pedir um rei semelhante ao das outras nações. Até a época de Samuel, Israel tinha um governo Teocrático, mas o povo, insatisfeito, rejeitou ao Senhor que orientou Samuel a atender à voz do povo (1Sm 8.79).

Em pouco tempo Saul mostrou-se intransigente e desobediente a Deus e foi rejeitado.

2º) Um novo Rei

Davi era bisneto de Rute e Boaz, filho de Jessé, efrateu, de Belém de Judá, sendo o mais novo de oito irmãos (1Sm 16.10,13; 17.12). Foi criado pastoreando as ovelhas do pai. Nessa ocupação, aprendera a ser corajoso, forte e valente; com suas ovelhas, era terno e dócil. Era dedicado e responsável no serviço que o seu pai Jessé lhe confiara e, inúmeras vezes, seus irmãos o invejavam. Davi encontrava-se no campo pastoreando as ovelhas do pai, quando Samuel mandou chamá-lo para ungi-lo rei.

3º) Derrota do gigante Golias e do exército filisteus

Golias havia desafiado a nação de Israel a lutar com ele, isso agitou o espírito de Davi. Golias trajava uma pesada armadura para iniciar um combate corpo-a-corpo. Mas a estratégia de Davi era lutar com ele à distância. Pegou então cinco pedras de um ribeiro e enfrentou o gigante com apenas uma funda e sua fé inabalável em Deus. Golias caiu com uma pedra cravada em sua testa e Davi foi reconhecido como herói de Israel.

Davi ganhou honra diante de Saul, que o nomeou seu escudeiro. Entretanto, ao voltar da batalha, Davi e seus homens foram exaltados pelas mulheres, e Saul ressentiu-se e ardeu-se em ciúmes. A partir daquela data, já não via Davi com bons olhos (1Sm 18.7-9), e passou a persegui-lo. Começa aqui uma nova fase na vida de Davi.

O rei Saul rejeitado por Deus e perturbado por um espírito mal, estava sujeito à depressão e insanidade. Seus servos aconselharam-no a ter um harpista que pudesse acalmar seu espírito. Davi foi recomendado para a tarefa. Como harpista de Saul, Davi estava exposto a questões governamentais, uma situação que o preparou para sua função posterior como rei de Israel.

A fama de herói durou pouco e com ele as questões governamentais. O tempo que passara ao lado do rei Saul foi suficiente para ele usar na formação de exércitos.

Como o rei Saul procurava matá-lo, Davi levantou um grupo de fugitivos como seus seguidores e escapou da presença do seu inimigo.

Vale ressaltar que, por dois momentos Davi teve condições para matar o rei Saul, mas não o fez.

A VIDA NO DESERTO

Refugiando-se na caverna de Adulão longe da esposa, família e amigos, passou a se confortar no Senhor, com quem sabia poder sempre contar (Sl 142). O deserto foi a escola que Deus preparou para reparar sua vida.

Como Davi se saiu no deserto?

1º) Treinou um bando de fugitivos

Tornando-se líder, sua função era proteger os rebanhos e as colheitas das comunidades israelitas situadas nas fronteiras.

Davi encontrava-se nas terras de Nabal que era homem insensato e mesquinho, que, por não dar o devido pagamento a Davi e seus homens, seria morto, caso não tivesse havido a intervenção de Abigail, sua esposa que, com inteligência e diplomacia, conseguiu que Davi desistisse de tal intento. Nabal mais tarde faleceu e Davi mandou chamar Abigail para ser sua esposa. Antes porém havia se casado com Ainoã com quem tivera o primeiro filho.

2º) Saul insiste em perseguir Davi


DEUS ORIENTA DAVI A VOLTAR À JUDÁ

Com a morte de Saul e seus três filhos, Davi foi orientado por Deus a voltar a Judá, onde seria ungido Rei. Escolheu Hebrom para fixar residência e ali permaneceu por sete anos e meio até que foi ungido rei das 12 tribos de Israel. Tomou a decisão de transferir a capital do reino para Jerusalém, para se tornar o centro político e religioso de Israel. no período que esteve em Hebrom, casou-se com várias mulheres e lhe foram dados filhos e uma filha (2Sm 5.14-16; Cr 3.5-8; 2Cr 11.18).

DAVI UNGIDO REI

Foi ungido rei, assumindo o trono aos 30 anos de idade, e reinou durante quarenta anos. Conduziu o povo Israel com bravura e liderança firme, estendeu suas fronteiras, edificou um palácio e implementou o comércio interno e externo, de forma que houve muita prosperidade material no Reino. Davi era rei, juiz e general e, para as nações vizinhas, era o poder principal em todo o mundo do oriente próximo - o maior monarca da época. Davi se preocupou em trazer a Arca da Aliança de volta e a colocou num tabernáculo especialmente preparado para ela.

As qualidade do rei Davi

Uma vida plena e cheia de altos e baixos, mas soube em várias ocasiões, confiar inteiramente no Senhor. Não obstante, todas as controvérsias de sua vida, Davi serviu à sua geração conforme os desígnios de Deus (At 13.36). Em várias ocasioções, teve que se ajoelhar para pedir perdão e, nos momentos sombrios, dedicava-se a compor belos salmos de louvor (Sl 22).

Desventura

A Bíblia destaca que Davi era um homem segundo o coração de Deus, o favor divino deu lugar ao castigo e as bênçãos de Deus à maldição, depois de ele haver pecado. Em nenhum momento a Bíblia procura ocultar os pecados ou defeitos de seus filhos "pois tudo que foi escrito, para nosso ensino foi escrito" (Rm 15.4). Davi era humano e teve seus pontos negativos e positivos destacados.

Fraquezas

1º Fraqueza: Negligenciou a criação dos filhos e perdeu o controle sobre sua família. Como estava demasiadamente envolvido com a vida pública, não teve tempo para admoestar os próprios filhos, tinha medo de contrariá-los (1Rs 1.5-6).

2ª Fraqueza: Entregou-se a impetuosas paixões, abrindo brechas em sua vida espiritual, e Deus não se agradou (2Sn 11.27) do duplo pecado de homicídio e adultério deliberado e maquinado.

Davi não tropeçou no pecado, ele quis pecar e viveu uma mentira, ocultando-o. O acerto de contas com Davi veio por meio do profeta Natã que transmitiu a mensagem do Senhor, no tempo certo e com palavras sábias. Em sinal de arrependimento, Davi pediu perdão e foi perdoado (2Sm 12.13).

3ª Fraqueza: Tornando-se autosuficiente e sem depender de Deus, mandou levantar um censo que desagradou ao Senhor, pois o mesmo só poderia ser feito dentro da vontade Deus e dentro das normas estabelecidas na Lei (Êx 30.12-15). Seu "ego" elevou-se no seu íntimo, o que ele realmente queria era conhecer a força de seu exército e, quão grande era o território conquistado. Como de Deus não se zomba, o castigo foi instantâneo, sobreveio uma peste sobre o povo, que num dia morreram mais de setenta mil. A consequência do pecado de Davi, atingiu pessoas inocentes. Mais uma vez, Davi arrependeu-se e Deus fez cessar o castigo.

Conclusão

O propósito de Davi era servir como rei e perpetuar a justiça de Israel. Seus últimos dias foram refletir sobre o templo - um sonho não realizado por determinação de Deus (1Cr 28); aconselhar a Salomão a ser sábio e buscar o Senhor com um coração sincero e voluntário e a servi-lo de todo o seu coração (1Cr 29).

Davi morreu numa boa velhice, cheio de dias, riquezas e glória (1Cr 29.28).

Queridos irmãos, creio que a maior de todas as lições tiradas da vida de Davi é poder saber ser um homem ou uma mulher segundo o coração de Deus.