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08 junho 2012

LIBERTANDO-SE DA IDOLATRIA


Versículo Chave
“Portanto, meus amados, fugi da idolatria”
(1 Coríntios 10.14).

Efésios 5.1-6

1 - Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
2 - e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
3 - Mas a prostituição e toda impureza ou avareza nem ainda se no­meiem entre vós, como convém a santos;
4 - nem torpezas, nem parvoíces, nem chocarrices, que não convêm; mas, antes, ações de graças. 
5 - Porque bem sabeis isto: que nenhum fornicador, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no Reino de Cristo e de Deus.
6 - Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.

INTRODUÇÃO
Falar de idolatria na igreja moderna tem sido um grande desafio, pois antes, como os idólatras não faziam parte da igreja, bastava referir-se ao assunto para ouvir dos cristãos: “fala Deus!”. Mas, como os ídolos evoluíram e começaram a fazer parte do cotidiano de alguns “crentes”, ao serem mencionados, os tais se armam de tal forma e só faltam agredir.
Não há outra explicação para isso, a não ser: “frieza espiritual”. Portanto, aos que ainda desejam restabelecer a comunhão com Deus, precisam libertar-se de vez dos cultos aos ídolos. Por esta razão, em cada culto mencionado, fizemos três linhas de abordagem: 1) - Razões do seu estabelecimento; 2) - Implicações de sua devoção; 3) - Extirpação da sua prática.

I - O CULTO AO SEXO

Embora o sexo não seja mau em si, sua vulgarização o transforma em pecado (Jr 29.23). Após isso, sua força vai se expandindo de tal forma que o espaço, antes destinado a Deus, começa a ser ocupado por seus entulhos. Para lutar contra esse mal, é preciso conhecer algumas de suas particularidades a fim de que sua extirpação venha a ser contundente.

1. Razões do seu estabelecimento

 - Como se sabe, a carne já é ten­denciosa a inclinar-se para a impureza, portanto, em razão disso, Paulo fez a seguinte recomendação: “Mas a prostituição e toda impureza [...] nem ainda se nomeiem entre vós, como convém a santos” (v. 3). Os agentes de tal inclinação são diversos, dentre eles, a fascinação do proibido (Gn 3.1-6; Pv 9.13-18) e o deslumbre pelo diferente (Pv 5.1-5), o que têm causado a queda de muitos.
Não tão diferente dos filhos de Israel, muitos já se esqueceram do Senhor e passaram a servir a Astarote em seus cultos lascivos (Jz 3.7).

2. Implicações de sua devoção

 - Aquele que se deixa vencer por práticas libidinosas acaba se tornando tão viciado quanto um dependente químico. E isso é bem claro em 2 Pedro 2.19, quando diz: “... de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo”. E como um viciado perde por completo a noção do perigo, a destruição moral e familiar é inevitável.
Com sua prática, muitos já não conseguem controlar os pensamentos, e, mesmo estando com o cônjuge, a imaginação está em outro lugar. Quanto a isso lemos: “Ai daqueles que, no seu leito, imaginam a ini­quidade e maquinam o mal!” (Mq 2.1 ARA). A esta altura, a comunhão com Deus já nem existe mais.

3. Extirpação da sua prática

 - Extirpar a prostituição cultual do meio do povo não é uma tarefa fácil. O reformador Asa é uma das provas dessa dificuldade (1Rs 15.9-14). Por esta razão, para combater esse mal, que só produz frieza espiritual é preciso coragem e determinação, e o mais importante, total dependência do Espírito Santo.
Josias é um dos exemplos de que, para extirpar a idolatria sexual, o crente precisa iniciar com um concerto perante o Senhor (2Rs 23.3-7). O que resta saber é se seus devotos estão realmente dispostos a aban­donarem tais cultos.

II - O CULTO AO DINHEIRO

Por mais que alguns tenham combatido a teologia da prosperidade, sua essência tem permeado blindagens jamais imaginadas. E esta essência é: Finanças em alta - proximidade com Deus; Finanças em baixa - dis­tanciamento. Com essa ideologia, entre outras comentadas neste tópico, entenderemos quem está sendo cultuado de forma camuflada nos corações de muitos (Mt 6.21; Lc 6.45).

1. Razões do seu estabelecimento

 - O culto ao dinheiro no coração do homem sempre esteve associado à cobiça, inveja e orgulho. Com a glo­balização da comunicação, por meio das redes sociais, esses sentimentos têm aflorado cada vez mais. Basta alguém ver as fotos da viagem que os amigos postaram, do celular que compraram ou de coisas semelhantes, para tais sentimentos produzirem um ainda pior: “Amor ao dinheiro” (1Tm 6.10) que, por natureza, já é idolatria (v. 5). E, como se sabe, em um coração onde já habita um deus, não pode haver culto ao Verdadeiro (Mt 6.24).

2. Implicações de sua devoção

 - As implicações enfrentadas pelos que se rendem à devoção ao dinheiro são diversas. O desejo de estar sempre em destaque e o vício frenético pelas compras são as primeiras, porque acorrentarão a alma do seu devoto (Pv 1.19). Como consequência, as dívidas acabam produzindo conflitos em lares (Pv 15.27) e aflição de espírito (Ec 6.9).
Para abreviar esta sucessão de implicações, recorramos à célebre citação: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de ma­les; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.10).

3. Extirpação da sua prática

 - Muitas são as histórias de pessoas que quebraram seus cartões de créditos, cancelaram o cheque especial e que retornaram à mesma teia, isso porque a ação gerada não se deu onde o mal estava alojado. Diferentemente, quando Zaqueu retirou a avareza do coração, Jesus declarou: “Hoje, veio a salvação a esta casa” (Lc 19.9).
Ao alcançar o livramento, o crente deverá ter maturidade para saber viver na abundância ou na escassez (Fp 4.12). Mas, para alcançar esse estágio, ele deverá alimentar o seu coração com a Palavra de Deus e não com a cobiça (Sl 119.36).

III - O CULTO À PERSONALIDADE

O culto à personalidade é uma das estratégias políticas mais antigas da humanidade. Embora o termo tenha sido usado pela primeira vez em 23 de fevereiro de 1956, pelo russo Khrushchov, sua utilização vem desde o Antigo Testamento (Dn 3). Mesmo criticado por muitos, sua prática vem se popularizando entre os cristãos; por esta razão, já passou da hora de combatê-la.

1. Razões do seu estabelecimento

 - Uma das falácias combatida com veemência pelo apóstolo Paulo é o que hoje chamamos de culto à personalidade (1Co 1.12-15). Semelhante a isso, basta um superstar surgir no meio evangélico que começam os burburinhos em favor do seu enaltecimento. Palavras vãs como estas têm estimulado o engano no momento do culto e atraído a ira de Deus sobre seus envolvidos (v. 6).
Outra razão responsável pelo surgimento desse tipo de culto está nas atitudes dos que deveriam combatê-lo (Mt 6.1-5,16-18), por isso a frieza espiritual vem ganhando força a cada dia.

2. Implicações de sua devoção

 - O culto à personalidade é algo tão abominável, que a Bíblia nos mostra as drásticas implicações enfrentadas tanto pelo que recebe tal adoração e não a transfere a Deus (At 12.21-23), quanto por seus agentes (Dn 6.7-24).
Aqueles que insistem em enaltecer o homem e não a Deus, jamais usufruirão do seu poder visto que serão como os devotos de Nabucodonosor, apenas assistirão aos verdadeiros adoradores sendo abençoados pelo Senhor (Dn 3.1-27). 

3. Extirpação da sua prática

 - Os meninos na fé só conseguirão combater o culto à personalidade quando aprenderem que a adoração não deve ser direcionada a um servo de Deus, mas ao Deus do servo. E quanto aos “servos” que insistem em ser cultuados, que venham a aprender as boas maneiras de um cidadão do céu (Jo 3.26-30; At 10.25, 26).
Agora, para aqueles que ainda insistem neste procedimento, que re­flitam no que disse Jesus ao principal responsável por esta desvirtuação: “Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás” (Mt 4.10).
CONCLUSÃO

Por mais tenso e complexo que seja o assunto tratado, é preciso que haja um posicionamento de cada servo de Deus. Não com intuito de empunhar a bandeira do “eu sou espiritual” e sair reprimindo um e outro, e sim, dirigir-se individualmente ao Senhor, e clamar pela própria restauração.

Quando o crente compreende a dimensão dessa atitude, e age em conformidade com ela, o verdadeiro culto é restabelecido em sua vida e a comunhão com Deus fica intensamente mais próxima.

Para reflexão:
• Você tem cultuado a Deus com o seu autocontrole?
• O altar em seu coração está precisamente reservado ao Senhor?
• E tua adoração, a quem está direcionada?

Questionário para avaliação e debate:
1. Quando é que o sexo se torna pecado?
2. Quando é que o dinheiro se torna pecado?
Tentações afetivas

“O tormento da tentação para come­ter pecado é nada, se comparado com as suas consequências que, podem du­rar por toda a vida e pela eternidade.” Steve Gallagher