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13 novembro 2013

- O amor de Cristo nos incomoda

Imagem extraída da internet: www.oevangelhodejesus.com

"Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram" (2 Coríntios 5.14)



O amor de Cristo nos incomoda à transformação de nossas vidas, segundo o Seu caráter. Cristo, em sua soberania, deu-se em sacrifício para nos reconciliar com Deus, proporcionando-nos vida eterna com Ele. Hoje, como resultado desse grande ato de reconciliação, somos constrangidos no amor de Cristo a continuar essa obra. Em virtude disso, vivemos em novidade de vida, numa constante busca pelo nosso aperfeiçoamento, baseados no exemplo que nosso mestre nos deixou, assumindo a identidade de legítimos embaixadores do Reino.

Estar constrangido a viver para o Senhor é estar empenhado a buscar as coisas que são do alto e cumpri-las com o propósito de agradar a Deus em todas as circunstâncias. No entanto, existem características indispensáveis a serem observadas para que se cumpra tal propósito:
  1. Primeira característica:

  • Estar conscientes de que não pertencemos à morada terrestre
           "Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da pare de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus" (2 Co 5.1).

           O apóstolo Paulo mostra aos coríntios que o corpo físico é apenas uma casa temporária que, ao perecer, recebe de Deus um lar eterno. Logo, somos constrangidos a viver para o Senhor, a fim de receber nosso lar celestial posteriormente. Isso não significa que devemos nos alienar do mundo, buscando apenas as coisas espirituais, mas sim, que devemos usar nossos recursos, de todas as espécies, enquanto casa terrestre, para conquistar coisas maiores na eternidade, pois cada um receberá "Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou o mal" (2 Co 5.10).

    2. Segunda característica:

  • Almejando estar para sempre com Ele
          "E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; (2 Co 5.2).

           No contexto dos coríntios já era falado sobre a imortalidade da alma; mas os apóstolo dos gentios, Paulo, mostra que o propósito da imortalidade é superior, é o de viver sempre para o Senhor. Paulo não via a volta de Cristo como algo distante e sim como um evento que aconteceria ainda nos seus dias. Isso nos mostra que ele vivia preparado para tal encontro. Devemos viver de tal modo que nos permita desejar sua vinda logo, vivendo segundo o espírito: "Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para morte; mas, se pelo Espírito, mortificardes os efeitos do corpo, certamente, vivereis" (Rm 8.13).

    3. Terceira característica: 

  •  Buscando agradá-lo
           "Pelo que muito desejamos também ser-lhe agradáveis, quer presentes, quer ausentes" (2 Co 5.9).

           Nos é ensinado que devemos agradar ao Senhor, em todas as circunstâncias, e isso denota devoção total a Deus, que é uma das particularidades de quem vive para o Senhor. Temos o exemplo do servo mau e negligente, que é o que esquece ou teme assumir as responsabilidades que Deus o confiou: "receoso escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu" (Mt 25.25). Entendemos que para agradar a Deus precisamos estar em constante exercício na Sua obra, porque enquanto servos temos contas a prestar ao nosso Senhor.
Imagem extraída da internet: portalmensageirodaultimahora.blogspot.com

"Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles  morreu e ressuscitou" 

(2 Co 5.15).

O amor por si só é regenerador, traz à alma novas motivações e vivifica o espírito. O amor de Cristo vai além, justifica-nos de todo o pecado, libertando-nos das nossas prisões interiores, dando-nos maiores motivações e esperanças. Portanto, somos incomodados a viver em novidade de vida, sendo semelhantemente altruísta como Ele, deixando para traz o que nos afasta do Seu amor.

Somos impulsionados pelo seu amor, "Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo, todos morreram" (2 Co 5.14).

Paulo lembra aos coríntios que é pelo amor de Cristo que somos constrangidos a viver em novidade de vida, pois "Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmo..." (v. 15). O amor de Cristo nos impulsiona a amar sua obra, vivendo em Seus propósitos, pois quando com Ele morremos, é para com Ele vivermos. Portanto, tornamo-nos sua imagem, conforme Colossenses 3.10: "e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou". Quando renascemos em Cristo, nosso caráter passou a refletir o Seu; e nesse elo de amor, somos constrangidos a sermos o que Ele requer de nós, vivendo agora segundo os seus propósitos.

O leitor é levado a recordar o sacrifício supremo que Cristo pagou e que os que O aceitam já não pertencem a si mesmos. "E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências" (Gl 5.24). Enquanto nascidos em Cristo, temos ambições que divergem das do mundo e, acima de todas elas, está o viver para o Senhor. Nosso foco está nas coisas do alto, denotando características sobremodo altruístas, pois, como está escrito "... Se alguém quer ser o primeiro, será o último e servo de todos" (Mc 9.35b). Assim, ainda que estejamos servindo aos homens nas coisas justas, é ao Senhor que servimos, como bem expressou Paulo: "... A Cristo, o Senhor, é que estais servindo" (Cl 3.24b).

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Co 5.17).

A escritura nos mostra que, ao morremos para o mundo, morreu em nós tudo o que nos caracterizava como cidadãos do mundo, logo devemos andar como novas criaturas, posto que assumimos uma nova natureza espiritual. "Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida" (Rm 6.4). É necessária uma nova posição mediante a isso. Como criaturas regeneradas em Cristo e mortas para o mundo estando em espírito, não somos mais controlados pela nossa natureza carnal. E para o cumprimento disso em nós, devemos adotar novas condutas e princípios, desfazendo-nos de velhos hábitos e assumindo as condutas de santos eleitos de Deus.
Ilustração extraída da internet: www.catholicprogrambank.com

A nova vida que o amor de Cristo nos proporciona requer de nós novos posicionamentos, tanto interiores quanto exteriores. Somos agora cidadãos do Reino de Deus e assumimos uma aliança com Cristo. É nosso dever representá-lo nesta terra, atentando com obediência para o ministério a que fomos conclamados.

"E tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo e nos deu o ministério da reconciliação," (2 Co 5.18).

          Paulo tinha um cuidado com o rebanho de Deus, e isso testificamos através de suas cartas. O bom pastor rege seu rebanho com o propósito mantenedor, instruindo, ensinando, sendo um genuíno cuidador. Negando o viés de uma obrigação qualquer e rendendo-se à qualidade de seu pastoreado, se preciso for, o bom pastor entrega sua própria vida em prol do seu rebanho, a exemplo do que fez Jesus: "Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas ovelhas" (Jo 10.11). Por meio de Cristo, Deus reconciliou consigo a humanidade. Hoje somos eleitos embaixadores de Cristo, estando sobre nós a responsabilidade de representá-lo, conciliando com Ele os que ainda não fizeram, uma vez que está em nós a palavra da reconciliação (v. 19).

"De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus" (2 Co 5.20).

Somos representantes do Reino de Deus vivendo em outro reino, agindo com lealdade Àquele que nos enviou, cumprindo nossa missão segundo Seus princípios e ensinamentos. Nisso divergimos daquilo que o mundo prega ser comum, pois buscamos as coisas do alto, uma vez que nossos propósitos são os mesmos de Cristo, ou seja, propósito de paz e salvação.

À luz desse estudo, vimos que o amor de Cristo nos constrange a viver uma nova vida, onde somos impulsionados a nos entregar ao Senhor, testificando a todos que possuímos uma nova natureza. Este fato provoca em nós mudança de prioridades, motivações e hábitos (Cl 3.12, 13). Somos transformados e revestidos a fim de assumir nova posição na casa terrestre, posição de embaixadores em nome de Cristo, para o cumprimento de seu propósito de constante reconciliação com a humanidade.

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