A
sua bondade é eterna
Vejamos a seguir o que Deus pode
ensinar por meio de Sua bondade.
I. A sua bondade pode ser demonstrada
Toda a criação proclama os feitos
estarrecedores do Senhor, anunciando a sua bondade. Como os filhos de Coré,
podemos proclamar: “No teu Templo, ó
Deus, ficamos pensando no teu amor” (Sl 48.9 – BLH – Bíblia Linguagem de Hoje).
1.
Nas Suas grandes obras:
“Todas as
tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão” (v. 10 –
Sl 145). A natureza aponta para a existência de Deus, pois ela é a obra de suas
mãos (Sl 19.1). Sua inteligente e vasta criação, com tudo o que é necessário e
sustentável para vivermos e dela gozarmos abundantemente, nos leva a admirá-lo
e reconhecer que tudo o que Ele criou é bom (1Tm 4.4). Por esta razão,
percebemos a sua bondade em nos agraciar com toda boa dádiva.
2.
Nos testemunhos dos seus servos:
“Publicarão
abundantemente a memória da tua grande bondade e cantarão a tua justiça” (v.7). Uma
das formas de fazer a bondade de Deus conhecida é por meio da publicação ou
divulgação pela boca de seus servos (Is 63.7).
Somos
testemunhas dos benefícios do Senhor (Sl 27.13). À vista disso, convocamos a
todos a proclamar o bem que tem feito a nossa alma (Sl 103.1,2), falando das
suas gloriosas e majestosas obras (v. 5). Como já provamos dos bens do Senhor,
devemos levar outros a provar o quanto Ele é bom (Sl 34.8).
3.
Na eternidade:
“O teu
reino é um reino eterno; o teu domínio estende-se a todas as gerações” (v.13). O
reino e o domínio de Deus são de glória transcendente e estende-se a todas as
gerações. As virtudes do seu reino eterno são de justiça, paz e alegria (Rm
14.17), cuja bondade e amor são melhores do que esta curta existência na terra
(Sl 63.3). O que o Senhor preparou para aqueles que o amam, nunca foi visto,
ouvido ou sentido no coração (1Co 2.9), isso prova que Deus é bom e a sua
misericórdia dura para sempre (Sl 136.1).
II. A bondade é inerente a sua pessoa:
Quando pensamos em Deus, o que vem
à nossa mente é a imagem de um Ser perfeitamente bom, cuja natureza é santa,
justa, pura, sem parcialidade e plena de misericórdia (Tg 3.17). O atributo da
bondade é claramente manifesto na pessoa de Deus, como veremos a seguir:
1.
Pode ser vista na Sua equidade:
“Justo é o
Senhor em todos os seus caminhos e santo em todas as sua obras” (v.17). A
bondade de Deus é dispensada aos seus filhos (VV. 9, 15), sem, no entanto,
ferir ou contrariar a sua justiça, retidão e verdade (Is 45.24). A sua imparcialidade
não permite que suas leis sejam violadas e que atos de desobediência fiquem sem
a justa recompensa (v. 20). No entanto, por ser bom, faz com que o justo e o
injusto desfrutem dos seus benefícios igualmente (Mt 5.45). Ele é bom para
todos e quer que todos se salvem e venham ao conhecimento da verdade (1Tm 2.4).
2.
Pode ser comprovada no Seu caráter:
“Bondoso e
compassivo é o Senhor, tardio em irar-se, e de grande benignidade.” (v. 8).
Deus é bom em Si mesmo (Mt 19.17), e, segundo sua palavra. Ele é a própria
caridade (1Jo 4.7, 16). Trata-se de uma fonte que jamais se seca e inclui a piedade,
a paciência e a misericórdia. O Senhor não muda e, assim como revelou a sua
bondade a Moisés, continua fazendo conosco: “...
Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti e a pregoarei o nome do
Senhor diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia e me
compadecerei de quem me compadecer” (Ex 33.19).
Hoje
podemos experimentar a bondade de Deus em Jesus Cristo, que se entregou por
nós, numa suprema demonstração de amor. A bondade de Deus é incontestável,
principalmente quando se percebe que Ele dispensou a Sua graça salvadora a
pecadores que não a mereciam.
III. A sua bondade é a nossa providência:
Deus, como supremo criador, é
abundantemente generoso em dádivas providenciais (Tg 1.17). A infalibilidade da
bondade divina é a resposta óbvia de um cuidado constante para com os Seus, mas
que não nos isenta de exercer dependência a Ele e de trilhar caminhos de
provações e tentações, como veremos a seguir:
1.
O seu cuidado é constante:
“Os olhos
de todos esperam em ti, e tu lhes dás o seu mantimento há seu tempo. Abres a
mão e satisfazes dos desejos de todos os viventes” (vv 15,
16). O senhor tem cuidado de nós (1Pe 5.7). Mesmo quando pensamos que os nossos
fardos são mais pesados do que possamos suportar e duvidamos se poderemos
prosseguir, Ele vem e sustenta-nos no nosso abatimento: “O Senhor sustenta a todos os que caem e levanta a todos os abatidos”
(v. 14). Deus conhece as nossas necessidades, mesmo antes de lhe dirigirmos os
nossos pedidos (Mt 6.8). Sendo Ele quem sustenta as aves do céu e quem provê as
vestes dos lírios, por acaso não cuidaria dos Seus filhos, tendo eles um
incomparável valor? (Mt 6.26-32).
2.
A sua bondade se manifesta aos que o buscam:
“Ele
cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu clamor e os salvará” (v. 19).
Que bem maior podemos ter senão o próprio Senhor? Ele oferece a Sua íntima e
duradoura comunhão aos que o honram e o tem na mais alta consideração (Lm 3.24,
25). A provisão de sua presença é reservada aos que O invocam em verdade: “Perto está o Senhor de todos os que o
invocam, de todos os que o invocam em verdade” (v. 18), porque são estes
que terão seus desejos atendidos (v. 19). Ainda que nossa alma esteja “abatida até o pó”, se a Ele invocarmos,
levantar-se-á e “nos resgatará por amor
das suas misericórdias” (Sl 44.25, 26).
Louvemos “ao Senhor pela sua bondade e pelas suas maravilhas para com os filhos
dos homens” (Sl 107.8). Só Ele trabalha para os que Nele esperam (Is 64.4).
Vimos o quanto Deus é bom e zeloso
em seus atos de bondade para conosco. A grandeza deste fato pode ser revelada
pela imensidão de suas obras maravilhosas que, consequentemente, revelam os
atributos do seu Ser e avançam para a esfera pessoal onde podemos experimentar
o relacionamento com um Deus que se importa com os Seus: “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu,
nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele
espera” (Sl 64.4).