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02 outubro 2013

- Deus deve ser adorado em toda sua plenitude

"Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor: como alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva como chuva serôdia que rega a terra" (Oséias 6.3)

Assim diz o texto de Salmo 136.1-15:

"1 - Louvai ao Senhor, porque ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre.
2 - Louvai ao Deus dos deuses; porque a sua benignidade é para sempre.
3 - Louvai ao Senhor dos senhores; porque a sua benignidade é para sempre.
4 - Àquele que só faz maravilhas; porque a sua benignidade é para sempre.
5 - Àquele que com entendimento fez os céus; porque a sua benignidade é para sempre.
6 - Àquele que estendeu a terra sobre as águas; porque a sua benignidade é para sempre.
7 - Àquele que fez os grandes luminares; porque a sua benignidade é para sempre.
8 - O sol para governar de dia; porque a sua benignidade é para sempre.
9 - A lua e as estrelas para presidirem a noite; porque a sua benignidade é para sempre.
10 - Que feriu o Egito nos seus primogênitos; porque a sua benignidade é para sempre.
11 - E tirou a Israel do meio deles; porque a sua benignidade é para sempre.
12 - Com mão forte, e com braço estendido; porque a sua benignidade é para sempre.
13 - Àquele que dividiu o mar Vermelho em duas partes; porque a sua benignidade é para sempre.
14 - E fez passar Israel pelo meio dele; porque a sua benignidade é para sempre.
15 - Mas derribou a Faraó com o seu exército no mar Vermelho; porque a sua benignidade é para sempre.

Deus é ilimitado, porém põe limite. O homem por sua vez se limita conhecer Deus. Todavia, devemos nos empenhar ao máximo em conhecê-lo como Ele é (Os 6.6). Ele se revela por meio de Sua criação, por meio das Escrituras Sagradas e por meio de Jesus Cristo (Hb 1.1).

A Palavra de Deus nos traz o pleno conhecimento de que Deus é uma pessoa (Jó 13.8). Entretanto, não como eu ou você, visto que uma característica importantíssima, dentre outras, O separa dos demais seres, qual seja o de ser substancialmente espírito e, como tal, invisível aos nossos olhos, mas, sempre presente. Seus atributos são refletidos em Cristo, que é o "resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa" (Hb 1.3).

Sua santidade é o atributo que expressa a genuína pureza moral de Deus, tornando-o intolerante à maldade. Deus é distintivamente santo. Esse atributo divino, além de ser uma referência à sua total separação do mal, ratifica também sua glória e honra: "Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal..." (Hab 1.13). A Sua santidade requer que nos assemelhemos a Ele (1Pe 1.15).

Essa santidade pura e graciosa se confunde com o próprio caráter de Deus. Ele foi gracioso no passado, é no presente (Ef 2.13) e será no futuro (Ef 2.7). A Bíblia diz que, nós estávamos mortos, mas revivemos; éramos perdidos, mas fomos achados (Lc 15.32). Foi Deus quem fez isto. Ele nos vivificou. Nele, e somente Nele, encontramos vida (Jo 1.4).

É nEle e para Ele que devemos viver e é justo quando exige que julguemos segundo a verdadeira justiça (Jo 7.24), quando exige que sejamos imparciais nos nossos relacionamentos, quando exige que vivamos segundo o seu padrão de retidão (1Jo 2.29). Conhecer mais a Deus implica em imitar ao Seu filho Jesus em todos os seus atos e quando Cristo se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como Ele é o veremos (1Jo 3.2b). Segundo a Bíblia, toda injustiça é pecado, e quem é nascido de Deus não vive na prática do pecado (1Jo 5.17,18).

Deus não visualizou o nosso sucesso intelectual, profissional ou mesmo espiritual, antes nos amou, mesmo quando não O conhecíamos. Estávamos mortos em nossas ofensas, mas Deus "pelo seu muito amor com que nos amou... nos vivificou juntamente com Cristo... e nos fez assentar nos lugares celestiais" (Ef 2.4-6). A Bíblia não diz que o Senhor esperou que fôssemos santos, bons, amorosos, justos ou moralmente corretos, para depois nos amar (Rm 5.6). Ele simplesmente nos amou (Jo 3.16). "Como é precioso o teu amor! Na sombra das tuas asas, encontramos proteção" (Sl 36.7 NTLH).

Devemos ter em mente que a absoluta soberania de Deus pode ser constatada em Isaias 40.22. Deus é soberano na Sua absoluta liberdade e na Sua suprema vontade. Nada pode contrariar a vontade soberana de Deus e não existe outro poder que confronte o Seu. "Quem não é por mim é contra mim" (Lc 11.23).
Quando conhecemos o Deus soberano, nossa vida muda consideravelmente. A nossa visão, antes entenebrecida, agora percebe que tudo está no Seu controle e que nós somos como "marionetes" em suas mãos poderosas (Is 40.22); por isso "Quem não te temerá?" (Ap 15.4).

A Sua misericórdia é imensurável (Sl 103.11), eterna (Sl 25.6) e soberana (Ex 33.19). A maior manifestação da misericórdia de Deus, sem sombra de dúvida, foi demonstrada quando Ele ofereceu o Seu próprio Filho para que o mundo fosse salvo por Ele (Jo 3.16, 17). Estávamos mortos em nossos delitos e pecados e Deus proveu o Cordeiro perfeito como propiciação por nós (Jo 1.29). Esse Deus misericordioso é o nosso Pai celestial, e a sua vontade é que todos sejam salvos, por meio da fé em Cristo Jesus, que morreu por todos os ímpios a fim de garantir-lhes a salvação eterna (Rm 5.6).

Nós como seres humanos temos o conhecimento de Deus muito finito, diferentemente do divino, diante do qual todas as barreiras de desfazem. A sabedoria do Senhor excede a toda ciência dos homens, a todas as experiências comuns ou à possibilidade de entendimento humano (Tg 3.17). Em diversas partes, a Bíblia mostra como a sabedoria de Deus contraria a maneira racional dos povos (Êx 8.16-19; 2Cr 9.1).

Devemos acreditar que toda criação proclama os feitos estarrecedores do Senhor, anunciando a sua bondade, pois uma das formas de fazer a bondade de Deus conhecida é por meio da  publicação ou divulgação pela boca de seus servos (Is 63.7). Somos testemunhas dos benefícios do Senhor (Sl 27.13). À vista disso, convocamos a todos a proclamar o bem que tem feito a nossa alma (Sl 103.1, 2), falando das suas gloriosas e majestosas obras (v. 5). Como já provamos dos bens do Senhor, devemos levar outros a provar o quanto Ele é bom (Sl 34.8).

Somos conhecedores da onipresença e onisciência de Deus e acreditamos que estamos acompanhados a todo instante. Não importa se estamos sofrendo e passando pelas amargas águas de Mara (Ex 15.23) ou adentrando a terra prometida, Ele nos cerca por trás e por diante com um cuidado do qual não podemos escapar. É impossível fugir da presença do Senhor: "Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face?" (v. 7).

Como compreender que o sofrimento dos justos é instrumento para a realização dos sábios propósitos de Deus? Ora, se nós não conseguimos compreender nem mesmo como funciona a criação, e nem entender como e por que as coisas acontecem, como pensaríamos em questionar a Deus? A visão humana sobre o governo divino é extremamente limitada, o que nos leva a rejeitar a sua bondade e justiça, e nisso pecamos. Nunca chegaremos a compreender as razões da dor que sofremos por meio de Sua vontade permissiva, visto que, nem mesmo temos acesso aos acontecimentos que nos rodeiam nas regiões espirituais.

Que Deus nos abençoe e nos guarde pois o fim está próximo. Amém.