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25 outubro 2013

- Expressando característica da vida de Cristo



Anunciando a vida de Jesus Cristo
2 Co 4.1-18

No capítulo 4 de 2º Coríntios, Paulo demonstrou estar ciente que seu ministério foi atribuído do brilho advindo de Cristo, um valioso tesouro, o qual ele próprio expressava em sua vida para a glória de Deus (v. 1). Para isso, o apóstolo cumpriu três passos:
  • Ele reconheceu as características da vida de quem nos salvou;
  • Agiu conforme a verdade que reside em todos os que se predispõe a servi-lo; e,
  • Ele almejou os tesouros de uma jornada com Cristo.
Seguindo essas etapas, aprenderemos a iniciar uma vida de serviços expressando a Jesus Cristo, o maior exemplo de servidão ao Pai (Fp 2.7).
Paulo conhecia o caminhar de nosso mestre e procurava de todas as formas seguir seus passos (1Co 11.1). Logo, assim como Paulo, devemos reconhecer aspectos da vida de Jesus para então, fundamentar nossa própria vida de serviço, assim como fez o apóstolo Paulo. E que vida seria essa:

1.     Uma vida pautada na verdade
  • 2Co 4.2 “... antes, rejeitamos as coisas que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na presença de Deus, pela manifestação da verdade”.
Paulo inicia chamando a atenção para a manifestação da verdade frente à vergonha da adulteração da palavra. Os fariseus torciam as leis bíblicas e escondiam seus pecados vergonhosos de seus seguidores (Mt 23.3-7). No entanto, Jesus era um homem irrepreensível, e suas palavras eram totalmente condizentes com seu modo de agir. Assim com nosso Salvador, devemos ser obreiros que não tem do que se envergonhar e que manejem bem a palavra (2Tm 2.15). Não há vergonha na vida de um cristão que segue com fidelidade os princípios bíblicos, uma vez que a verdade se manifesta diariamente em sua vida, seja no agir com um irmão, no servir a Deus ou até mesmo no falar, afinal, esse servo sabe qual a função da palavra: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.” (Sl 119.105).
2.    Uma vida que resplandeça a luz do evangelho
  • 2º Co 4.3, 4: “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.”.
O ministério de Cristo apresentou uma autoridade ímpar, consequência de Sua luz que brilhou em meio às trevas do engano (Mt 9.1-8). A luz da salvação resplandeceu na vida de muitos (Is 9.2). Todavia, houve um grupo que não creu nas palavras de Jesus Cristo (Jo 1.10, 11). Nossa função é brilhar o tesouro do evangelho vivo, que faz a diferença num mundo cego pela mentira (Mt 5.14). Quanto aos que, porventura, não vierem a crer, que eles pelo menos saibam que Jesus pagou o preço por suas escolhas erradas (Mc 16.16; Ap 21.8). Cabe a nós não desanimarmos e seguirmos no combate com sinceridade (Js 1.9).

3.     Uma vida movida pelo amor
  • 2 Co 4.5: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos, por amor de Jesus.”.
Nosso Salvador trilhou um caminho de sofrimento que culminou em Sua crucificação. Contudo, Seu sacrifício de nada adiantaria se não fosse motivado pelo amor (Ef 5.2). Esta deve ser também a nossa motivação. Afinal, não há serviço forçado no Reino de Deus, pelo contrário, é um lugar onde predominam a liberdade e a voluntariedade. Sendo assim, não perca seu tempo! Trabalhe para Ele de coração! Sempre lembrando de que, para Deus, nenhum sacrifício vale a pena, se não for feito por amor (Is 1.11-14; 1Co 13.3b).
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Vimos algumas características do ministério de Jesus que são mais do que conhecidas por nós. Mas, existem ações que precisam ser praticadas constantemente nas vidas dos que expressam Jesus Cristo a servi a Deus. Entretanto, é necessário frisar três ações cristãs pragmáticas apresentadas por Paulo de maneira tal que iremos e devemos entender como abdicarmos do nosso eu, são elas:
1.     Para abdicar de nosso eu é preciso renunciar a nós mesmos
  • 2Co 4.7: “Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.”.
O apóstolo Paulo evidenciou no verso 7 seu reconhecimento à excelência do poder de Deus em detrimento de nossas próprias glórias. Quando nos diminuímos, a glória de Cristo aparece, mas quando nos julgamos capazes de algo, confiando em nosso próprio poder, ela se apaga (Jo 3.30). Embora um vaso de barro possua um determinado valor, em nada pode ser comparado com a preciosidade do tesouro que nele é depositado. Não deixe seu vaso ofuscar o tesouro que nos foi dado mediante a graça; reconheça diariamente para quem são e foram feitas todas as coisas (Rm 11.36).

2.        Para abdicar de nosso eu é preciso sofrer por amor a Cristo
  • 2 Co 4.11: “E assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus...”.
Mais certo do que promessas de vitória e de uma vida magicamente simples é a certeza de que no mundo teremos aflições (Jo 16.33). O cristão que incomoda e que brilha, aborrece o mundo, que, em resposta, o atribula, o persegue e o abate (vv. 8, 9). Melhor é carregar nossa cruz do que amar ao mundo e nos acomodar no caminho largo, fácil de ser trilhado, mas que leva à perdição (Mt 7. 13, 14). Logo, aceite as responsabilidades por ser um servo do Senhor e padeça por ele, predispondo-se ao sofrimento em nome de sua obra.

3.         Para abdicar de nosso eu é preciso espalhar o evangelho de Cristo
  • 2Co 4.13: “... Cri, por isso falei; nós cremos também, por isso falamos”.
Citando o Salmo 116.10, Paulo nos mostra que a evangelização é consequência direta do crer e não apenas uma obrigação. Disseminar a palavra do Senhor é, de fato, uma ordem (Mc 16.15), porém ela não é coercitiva. A boca fala do que o coração está cheio (Mt 12.34), e se estamos cheio do Senhor é natural que nossa boca testifique de Sua glória. Deixe-se ser usado em prol do Reino de Deus, afinal “a fé vem pelo ouvir, e ouvir pela palavra” de Deus, que sai da sua boca (Rm 10.17).
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Saiba uma coisa, o apóstolo Paulo tinha certeza que no céu tinha e tem tesouros para quem persistem na sã doutrina. Este tesouro não consiste em “bênçãos” materiais, barganhadas com Deus, mas sim, de bênçãos espirituais entregues àqueles que renunciam a si próprios e vivem apenas da graça do Pai.
Expressar em nossas vidas os tesouros de Cristo é estar convicto de nossa realidade futura. Para tanto:

1.     Devemos ter uma vida ressurreta com Cristo
  • 2 Co 4. 14: “... o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também por Jesus, e nos apresentará convosco”.
A fé na verdade faz com que nem mesmo a morte possa assustar aos que servem de coração ao Senhor. Jesus venceu o pecado na cruz e nos deixou a promessa viva de que voltaria para nos buscar (Jo 14.3). O tesouro da vida ressurreta com Cristo, porém, é apenas para os que morreram para o mundo e decidiram viver sem restrições para a obra de Cristo (Rm 6.4, 5). Para estes, existe a vida eterna, onde não há morte, pranto, clamor e nem dor (Ap 21.4).

2.    Devemos renovar nossa vida interior
  • 2 Co 4.16, 17: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas.
Jesus Cristo serviu plenamente ao propósito de Deus, no entanto, quando partiu para junto do Pai, ele não nos abandonou, antes, deixou o Espírito Santo para nos consolar e nos ajudar a seguir na nossa caminhada (Jo 14.16). Através do agir do Espírito, nossa vida interior “... se renova de dia em dia” (v. 16) Por sua vez, esta ação não se resume apenas a um manifestar sobrenatural, pelo contrário, o Espírito Santo opera diariamente em nossas vidas o seu fruto (Gl 5.22). Daí há paz, há amor e benignidade quando expressamos a Cristo em nossas vidas.

3.     Devemos ter uma vida focada nas coisas eternas
  • 2 Co 4.18: “Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas”.
Paulo finaliza caracterizando a natureza dos tesouros divinos como não visíveis. Infelizmente, dentro de nossas igrejas contemporâneas, a fé foi diluída em torno de um aparente paraíso terreno bem visível, chamado “prosperidade” (2 Pe 2.1-3). Nosso coração, no entanto, deve estar no reino dos céus, que não pode ser visto, todavia, é mais real do que nossa realidade passageira. Aos que expressam, anunciam a vida de Cristo, por fim, existe um tesouro que olho nenhum viu e ouvido nenhum ouviu, que o Senhor tem nos preparados (1 Co 2.9).
Ao concluirmos esse estudo, afirmamos, Jesus Cristo seguiu um caminho de perfeição durante Sua vida terrena, e nós devemos buscar imitá-lo em todas as esferas de nossas vidas, não importando as condições ou circunstâncias. Servir a Deus, buscando expressar a vida de Cristo, pode parecer uma atitude prepotente, entretanto, é um alvo que devemos perseguir se quisermos alcançar êxito no nosso ministério (Fp 3.14). O resultado deste empreendimento é um labor frutífero para o Reino de Deus e não para nós mesmos e com isso, queremos que se sinta sensibilizado e venha expressar Cristo em sua vida e então você passará a experimentar os tesouros que residem no único caminho, que é o próprio Cristo.
Deus seja louvado