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17 abril 2014

- A volta do Senhor para o cristão

A vida cristã em parábolas

Mateus 25.13
1 Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a
encontrar-se com o noivo. 2 Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. 3 As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; 4 no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas.

5 E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram. 6 Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! 7 Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. 8 E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. 9 Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o.

10 E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta.

11 Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! 12 Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço. 13 Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora.
      A parábola das dez virgens adverte-nos quanto à expectativa da vinda de Cristo e a necessidade de vigilância por parte dos crentes.
       Quando o momento do arrebatamento chegar, serão revelados os verdadeiros cristãos, aqueles que mantiveram uma fé inabalável na pessoa bendita de Cristo Jesus. Assim, cabe a todos nós, estar vigilantes.

      Nos versículos 1 a 5 de Mateus, a mulher grávida espera a chegada do seu filho, atentando para todos os detalhes a fim de não ser surpreendida no momento. Da mesma forma, o cristão vigilante aguarda a vinda de Jesus Cristo, sabendo que ela se dará num momento em que não imagina. Esta parábola nos ensina as exigências para a espera pelo Senhor.

I - A ESPERA PELO SENHOR

    1. Exige determinação
        O texto diz que as dez virgens, centradas nos seus objetivos, saíram ao encontro do noivo. Da mesma forma, o reino dos céus é constituído de pessoas determinadas e que sabem o que querem. Servos que lançam a mão do arado e não olham para trás (Lc 9.62); cristãos que estão com os olhos fixos em Jesus, autor e consumador da fé (Hb 12.2); e, que prosseguem para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp 3.14). O cristão vigilante sabe o que está esperando e conhece as promessas na Escrituras sobre este evento. "Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça" (2Pe 3.13).

    2. Exige prudência
       O texto diz que das dez virgens determinadas apenas cinco eram prudentes. Estas, juntamente com sua lâmpadas, levaram também azeite, símbolo do Espírito Santo, de reserva em suas vasilhas. Eram cheias do Espírito Santo e não somente simpatizantes do Evangelho. Existem muitos cristãos imprudentes hoje que até aguardam a vinda de Jesus, mas que brincam de ser crentes e são irreverentes com a obra de Deus. São imprudentes como as outras cinco virgens, que não levaram azeite de reserva consigo (v. 3). A prudência nos leva a agir com diligência, praticar boas obras, orar com fervor e devoção e a viver com piedade diante de Deus.

    3. Exige vigilância
          "tardando o esposo, tosquenejaram todas e adormeceram" (v. 5). A vigilância não exige que fiquemos acordados o tempo todo. podemos manter um espírito vigilante, mesmo enquanto dormimos. Na parábola, todas as moças estavam dormindo, mas ao primeiro sinal, despertaram. Até este ponto não houve distinção entre elas; o problema só veio à tona quando tiveram que preparar as suas lâmpadas, pois as loucas não tinham azeite, e isso fez a diferença. Mesmo envoltos em tribulações e dificuldades que sufocam a nossa esperança, deixando-nos como quem dorme, interiormente devemos estar preparados (Mt 26.41). A qualquer momento, seremos despertados pelo som das trombetas, para encontramos o Senhor nos ares (1Ts 4.16).

II - O ENCONTRO COM O SENHOR

         O evento mais glorioso que acontecerá na história da humanidade, infelizmente, não trará benefícios para todos, pois somente os que estiverem preparados gozarão deste privilégio. Vejamos como será este encontro?

     1. Será inesperado
       "E, tardando o esposo..." (v. 5a). A vinda de Jesus parece, segundo o nosso entendimento, demorada demais. Este é o principal motivo pelo qual muitos estão dormindo. Mas além de estarmos preparados, devemos também nos renovar a cada dia, fortalecendo a nossa fé nas promessas da sua vinda, encontradas na Palavra de Deus. Para aquelas virgens, representantes legítimas da igreja de hoje, à meia-noite o noivo apareceu (v. 6). A manifestação do noivo deu-se numa hora totalmente improvável. Contudo, poderia ter sido em qualquer outro momento. Assim também será a vinda do Senhor; ela se dará em dia e hora inesperados (v. 13).

      2. Será rápida
             Nos versículos 7 a 9, certamente, o momento da vinda do Senhor não é a ocasião mais oportuna para alguém se preparar, uma vez que acontecerá de forma súbita. As virgens prudentes saíram ao encontro do noivo quando já estavam preparadas. A insensatez levou as virgens imprudentes ao desespero: "Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam", disseram (v. 8). Porém, eram tarde demais; não havia quem pudesse socorrê-las. Isso deve nos servir de alerta, pois a santidade pessoal não pode ser repartida. É triste ver como muitos crentes podem estar tão despreocupados com relação à própria santificação (Hb 12.14). Portanto, quem quiser se preparar deve fazê-lo enquanto é dia, ou seja, agora, pois o Espírito Santo será tirado, e as trevas se intensificarão.

     3. Será para os preparados
            No versículo 10 não houve nem um tipo de empecilho, quem estava preparada entrou.  O Senhor receberá com grande alegria os seus servos que o aguardam e amam na sua vinda (2 Tm 4.8). As virgens imprudentes sequer viram o noivo. Assim será também com os despreparados; quando perceberem, a Igreja santa já estará na glória com o Senhor para sempre (1 Ts 4.17). A expressão: "e fechou-se a porta", dá a entender que o Senhor não abrirá exceção para ninguém. O critério será o mesmo usado no dilúvio: a arca foi fechada por fora pelo próprio Deus (Gn 7.16). Na vinda do Senhor será também assim, Deus fechará a porta da graça.

III - MUITOS SERÃO REPROVADOS PELO SENHOR

      As parábolas do reino procuram enfatizar a diferença entre vencedores e derrotados, justos e injustos, bons e maus, prudentes e insensatos. Segundo os ensinos de Jesus, estes grupos opostos não compartilharão o mesmo destino. "E irão estes para o tormento eterno, mas, os justos, para a vida eterna" (Mt 25.46).

         1. "Senhor, senhor abre-nos a porta"
               Assim será o grito de pavor dos reprovados ao perceberem que o Senhor já levara consigo a sua igreja.
Somente depois de todos os acontecimentos, e já com a porta fechada, é que vieram também as néscias, mas já era tarde demais. Existem pessoas que sentem prazer em chegar atrasado, não fazendo o menor sacrifício para cumprir o horário previsto. Será que na vinda do Senhor estes retardatários chegarão a tempo de entrarem? Será que poderão dizer: "Senhor , espera um pouco, até que nos santifiquemos?". É certo que não.

        2. "Não vos conheço"
             A pior coisa que pode acontecer é o crente entrar para o grupo dos estranhos. João disse que quem aborrece o seu irmão não conhece a Deus (1 Jo 4.7,8) e conhecer é ter intimidade. O Senhor conhece os que são seus (2Tm 2.19). A Bíblia trás uma séria advertência quanto aos estranhos, os que procuraram um relacionamento com Deus baseado apenas na aparência: Muitos me dirão naquele dia: Senhor,  Senhor, não profetizamos em teu nome? E, em teu nome não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas? E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade" (Mt 7.22-23).

IV - CONCLUSÃO
          O objetivo deste estudo é despertar aqueles que estão alienados quanto ao maior evento a ser desencadeado nesta terra, um evento que abalará todas as estruturas deste planeta, a saber, o arrebatamento da igreja. Que possamos estar atentos, vigilantes, sabendo que o nosso Senhor virá num momento em que não imaginamos, e que, para não sermos surpreendidos naquele dia, precisamos estar preparados, com nossas lâmpadas a postos e em perfeita comunhão com o Espírito Santo. Se assim for, no lugar da dura expressão: "não vos conheço", ouviremos o maravilhoso convite: "entra no gozo do teu Senhor" (Mt 25.21b).

02 abril 2014

- A Vida Cristã em Parábolas: A Importância do Perdão

Estudo: MATEUS 18.23-35

Nesta parábola, o Reino dos Céus é, novamente, demonstrado em figura, nos proporcionando grande ensino. A igreja é o corpo vivo de Cristo, portanto, receptiva às manifestações deste Reino.
O Senhor destaca a beneficência do perdão, mostrando que concedê-lo a alguém nos torna alvo do perdão divino, por isso está escrito: "Suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também" (Cl 3.13).

Vamos saber importância de perdoar uns aos outros:

I - O CRISTÃO FOI PERDOADO POR DEUS

O perdão é uma das práticas mais benéficas do cristianismo e a sua doutrina é largamente ensinada na Bíblia. No Novo Testamento, a palavra "perdoar" é expressa de quatro maneiras:

a. "Tratar graciosamente com" (O perdão divino é sempre um ato de graça da parte de Deus. Portanto, o que "de graça recebeste, de graça dai" (Mt 10.8));
b. "Mandar embora, soltar;
c. "Libertar" (conf. Lc 6.37); e,
d. "O deixar passar" (conf. Rm 3.25).
Por todas essas expressões, fica clara a ideia do perdão divino.

De que forma podemos perdoar:

1. Reconhecendo nossa dívida
Este é o primeiro passo para o perdão divino. A parábola mostra que a aquele servo devia um valor exorbitante, e que ele não tinha como pagá-lo (v. 25). Cada talento valia 6.000 denários, e o servo devia 10.000 talentos, que equivale a 60.000.000 denários. Apesar disso, o Senhor perdoou-lhe a dívida. A expressão "soltou-o" (v. 27) revela que a dívida é como uma prisão; no entanto, Deus tratou com o devedor graciosamente, soltando-o e libertando-o. Isso é perdão. Da mesma forma, a nossa dívida para com o Senhor era muito maior do que podíamos pagar. A Escritura diz que todo aquele que comete pecado é escravo do seu escravo (Jo 8.34), mas também afirma que é Deus quem perdoa todas as nossas iniquidades (Sl 103.3; 1Jo  1.9).

2. Humilhando-se perante o Senhor
"Então aquele servo, prostrando-se..." (v. 26a). Se aquele servo arrogantemente elevasse a sua voz contra o seu senhor, tentando provar que não lhe devia nada, certamente teria sido vendido à escravidão e jamais se livraria, pois não teria como quitar a dívida. No Salmo 49.8, lemos: "pois a redenção da sua alma é caríssima, e seus recursos se esgotariam antes". Aquele homem prostrou-se e passou a reverenciar o seu senhor que, comovido, o perdoou. O rei da parábola representa o nosso Deus que é rico em perdoar (Is 55.7). A Sua sentença para os humildes e arrependidos é: "pois lhes perdoarei a sua iniquidade e não me lembrarei mais dos seus pecados" (Jr 31.34).

3. Tornando-se alvo da compaixão do Senhor (v. 27)
O que leva Deus a nos perdoar em Cristo é a sua misericórdia e não os nossos argumentos. O fariseu em nada convenceu o Senhor enquanto justificava a si mesmo. Jesus disse: "Digo-vos que este (referindo-se ao publicano), desceu justificado para a sua casa, e não aquele (o fariseu); porque todo o que a si mesmo se exalta será humilhado, mas o que a si mesmo se humilha será exaltado" (Lc 18.14). O servo disse: "tem paciência comigo" (v. 26); o publicano orou: "Ó Deus, sê propício a mim, o pecador" (Lc 18.13); Davi suplicou: "Compadece-te de mim, Ó Deus, segundo a tua benignidade, apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias" (Sl 51.1).

II - O CRISTÃO DEVE EVITAR NEGAR O PERDÃO

Depois de ser perdoado de toda aquela dívida (v. 32), o servo encontrou um que lhe devia 100 denários (v. 28). A dívida daquele servo era de 60 milhões de denários, enquanto que a do seu conservo era de apenas 100 denários, ou seja, uma dívida, milhares de vezes menor. Deus nos perdoou tantas coisas ao nos conceder o dom gratuito da salvação em Cristo, que qualquer ofensa que outro ser humano possa praticar contra nós é irrisória (Lc 17.3,4; Tg 2.13; 1Pd 4.8). O servo incompassivo agiu assim:

1. Não desprezando seu semelhante - "Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos..." (v. 28a).

Nós não merecemos em hipótese alguma o perdão divino. Quando pecamos é porque estamos desobedecendo às leis de um Deus Santo, e ofendendo-o com a nossa natureza obstinada e dureza de coração. Quando Deus nos perdoa, Ele o faz movido pelo seu amor imensurável e por meio de Cristo Jesus, "em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos nossos delitos, segundo as riquezas da sua graça" (Ef 1.7). O servo da parábola, a despeito de ter sido perdoado após rogar ao seu senhor, desprezou totalmente o seu semelhante, que lhe suplicava por misericórdia. Da mesma forma como fomos perdoados, devemos perdoar setenta vezes sete ao nosso irmão que pecar contra nós (Mt 18.15-22; Lc 17.4).

2. Não agindo de forma egoísta - "Paga-me o que me deves" (v. 28c).
O egoísta deseja somente para si e não quer que outros alcancem algum benefício. Perdoar é soltar, é libertar alguém e deixá-lo ir. O perdão é uma doação, portanto esta é a lei de Deus: "Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão" (Lc 6.37). Mas o egoísta recebe e não passa adiante.
Aquele servo foi liberto de uma grande dívida que comprometia, inclusive, toda a sua família, porque o pecado traz consequências catastróficas até para as pessoas que amamos, como foi o caso de Acã (Js 7.24).

3. Exercitando a compaixão - "Ele, porém, não quis" (v. 30a)
Aquele servo não perdoou ao seu companheiro, simplesmente porque não quis. Muitos cristãos afirmam categoricamente - "Eu não perdoo, quem perdoa é Deus". Outros dizem: "Eu já perdoei, mas é ele lá e eu aqui". Existe casal que aceita teoricamente o erro do seu cônjuge, mas no íntimo nunca o perdoou e assim o mantém preso. Famílias inteiras, vivendo debaixo do mesmo teto, mas não conseguem se perdoar. Na igreja, muitos estão cantando e ceando juntos, e, por incrível que pareça, até orando juntos, mas nunca se perdoaram. E sabem por quê? Porque não querem. Se o perdão fosse algo impossível, Deus jamais o exigiria de nós (Mc 11.26). O servo poderia ter perdoado aquela dívida tão pequena, se tivesse um mínimo de compaixão interior.

III - O CRISTÃO SERÁ PUNIDO CASO NEGUE O PERDÃO

"Portanto, se estiverdes apresentando a tua oferta no altar, e aí te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali adiante ao altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta. Concilia-te depressa com teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que não aconteça que o adversário te entregue ao guarda, e sejas lançado na prisão" (Mt 5.23-25). Aquele servo foi cobrado duramente por causa de sua atitude.

Vejamos, portanto, a punição para o cristão que não perdoa:

1. Seus desígnios um dia serão revelados - "Vendo, pois, os seus conservos o que acontecia, contristaram-se muito, e foram declarar ao seu senhor tudo o que se passara" (v. 31).

Não é difícil notar as pessoas na igreja que têm dificuldade em perdoar. Esta atitude produz tristeza, primeiramente na pessoa que não alcançou o perdão, depois naquele que o negou e, por último, na igreja como um corpo. Ela sofre com a pouca atuação do Espírito Santo, já que Este só se manifesta em corações sensíveis ao perdão. Não estaria na hora de orarmos pedindo ao Senhor que interfira na situação da igreja para que haja perdão e, consequentemente, libertação e cura? O rei da parábola dependeu de outros para saber da atitude do servo. O nosso Deus, contudo, é onisciente, e trará a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom. quer seja mau (Ec 12.14).

2. Sua atitude será alvo da indignação do Senhor
O Senhor se indignou com a atitude daquele servo, chamando-o de "malvado" (v. 32), e cobrou-lhe o fato de não haver perdoado ao seu semelhante: "Perdoei-te toda aquela dívida... não devias tu também ter compaixão...?" (v.33). Assim como o rei da parábola, Deus tem nos desafiado a exercer o perdão. Ele tem falado conosco por meio da Bíblia - mas, muito não lido mais a Bíblia - das pregações, na letra dos hinos e de muitas outras maneiras. Ele está falando agora, por meio deste estudo. Não devemos, de forma alguma, resisti-lo. "Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas" (Mt 6.14, 15).

3. Aquele que não perdoa será cobrada na íntegra - "... até que pagasse tudo o que lhe devia" (v. 34)
O Senhor percebeu que aquele servo era indigno da misericórdia que recebera, e por isso lhe entregou aos verdugos (atormentadores). O servo foi enviado à prisão, não pela dívida, mas porque abusou da graça do seu Senhor. "Assim vos fará meu Pai celestial, se de todo coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas" (Mt 18.35). Algumas doenças, pertubações de ordens psicológicas, desajustes familiares e uma vida espiritual estéril podem indicar a presença do "verdugo", como consequência direta da falta de perdão.

Concluímos então que, o que foi tratado neste estudo não é apenas questão de doutrina, trata-se de ensino prático e fundamental. Perdoar não é uma opção para o cristão, mas, uma prioridade, um imperativo divino. Não é algo que possa ser protelado, a fim de se esperar um momento oportuno para fazê-lo. Não há que se esperar ter o coração apaziguado para liberá-lo. O perdão deve ser fruto de uma decisão voluntária, de uma compaixão e predisposição interior. Perdoe, e seu coração ficará em paz. Perdoe, e você se sentirá livre. Perdoe sempre. Uma boa coisa que o cristão deve saber é não querer saber quem está falando mal de você. Porque não sabendo, o cristão terá sempre comunhão com essa pessoa mesmo que ela não goste de você. Digo isso porque aconteceu comigo. Um irmão bem conceituado de minha igreja uma certa vez me pediu para levá-lo à sub congregação. No meio do caminho ele disse que tinha uma pessoa da igreja que não gostava de mim e se eu queria saber quem era. Naquele momento o Espírito Santo tocou meu coração e eu respondi para esse irmão que não queria saber quem era porque eu estaria em paz com ela, comigo mesmo e com Deus. Assim teríamos uma excelente comunhão com o Senhor.

A vida é curta. Tenhamos paz com todos.