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23 julho 2014

- E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes,... (Lc 6.46-49)

INTRODUÇÃO

O Alicerce do Cristão
o cristão está incumbido de trabalhar na edificação da sua própria vida. O Senhor já estabeleceu o fundamento para que cada um construa ali a sua casa: "mas veja como cada um edifica sobre ele" (1 Co 3.10).

O construtor insensato é assim chamado porque não se cerca das devidas precauções, calcula mal e perde a noção da realidade à ruína. Assim também, aqueles que perderam o bom senso não poderão resistir aos dias maus (Ef 6.13). Eles são comparados a um homem insensato, pelos seguintes motivos:

I - UMA VIDA DESESTRUTURADA

1. Rejeita as palavras de Cristo

Deixar de ouvir a Palavra de Deus é o primeiro erro; ouvir e não praticá-la é o erro final. Muitos estão pregando que não se deve roubar e roubam; que não se deve adulterar e adulteram; que se devem buscar as coisas do alto, mas não buscam, porque são materialistas (Rm 2.21, 22). Não podemos proclamar um evangelho que não vivemos. Os que ignoram a Palavra de Deus, que é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho (Sl 119.105), não podem ter, de forma alguma, uma vida espiritual estruturada.

2. Constrói um fundamento inadequado

Construir sobre a areia é mais fácil, mais barato e exige menos esforço físico que cavar os alicerces numa rocha; e é por isso que o homem insensato optou por este tipo de edificação. Para alguns cristãos, este tipo de fundamento é o ideal, pois dispensa transformação, oração, contribuição, serviço e renúncia. O construtor insensato edifica sobre a areia porque a sua vida é baseada em outro evangelho (Gl 1.8), que é o evangelho da felicidade descompromissada com Deus e com a sua Palavra. Ninguém pode colocar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Cristo (1Co 3.11).

II - UMA VIDA SOLIDIFICADA

Em um projeto devem estar inclusos: as condições do terreno, o tamanho da casa a ser construída, a boa qualidade do material a ser usado, as condições do tempo etc. O Senhor Jesus, fazendo a aplicação desta parábola, diz que no reino dos céus, o homem que edifica de acordo com as normas estabelecidas pelo sábio Arquiteto É prudente. Vejamos como isso é possível:

1. Ouve a palavra de Cristo

É importante notar que o insensato também ouve (cf. v. 49), contudo não pratica o que ouve, vivendo apenas na teoria. No entanto, estas normas são aplicáveis a todos "Todo aquele..." (Mt 7.24). É de suma importância ouvir as palavras de Cristo como fundamento para a verdadeira edificação. Por isso, "bem-aventurado... os que ouvem as palavras... e guardam" (Ap 1.3). Paulo profetizou que, nos últimos tempos, muitos teriam comichões nos ouvidos e se irritariam ao ouvir as palavra de Cristo (Tm 4.3,4). Existem cristãos que não apreciam a Escola Dominical e os cultos de doutrina; no entanto, quem quiser edificar a sua casa de forma adequada e duradoura, terá que ouvir as palavras de Cristo: "Quem tem ouvidos para ouvir, ouça" (Mt 11.15).

2. Pratica as palavras de Cristo

Na concepção de Tiago, aquele que atenta bem para a palavra de Deus é um bem-aventurado (Tg 1.22-25). A ideia é a mesma usada por Jesus que substituiu o verbo "praticar" pelo verbo "edificar". Segundo Jesus , o cristão só se tornará forte e bem estruturado se praticar a sua Palavra: "A palavra de Cristo habite em vos abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros... (Cl 3.16a). Só assim poderemos crescer até atingir a estatura de varão perfeito (Ef 4.13).

3. Uma vida edificada sobre a rocha

Construir sobre fundamente sólido é edificar sobre a Palavra de Cristo (1Co 10.4). Trata-se das nossas vidas e de todas as nossas atividades totalmente inserida Nele. "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus..." (Gl 2.20a). Uma casa, para se firme e poder resistir à ação devastadora do tempo, precisa estar fundamentada sobre a rocha. Do contrário, não resistirá às provações que certamente se abaterão sobre todas as edificações.

III - A VIDA APROVADA

Todos conhecem a história dos três porquinhos? Um construiu a sua casa com palhas, o outro usou madeiras, mas o terceiro usou tijolos. No teste final, somente a casa de tijolos ficou de pé. Não é por acaso que o terceiro porquinho chamava-se Prático. Assim como na história dos porquinhos, todas as edificações serão submetidas ao teste final; contudo, nem todas serão aprovadas. Como assim?

1. Será uma ação devastadora:
  • Do tempo - Muitos não poderão suportar por longo tempo, e aí as suas verdadeiras obras serão reveladas e seus segredos serão expostos (Mc 4.22);
  • Das provações - Para os que receberam a palavra e se entusiasmaram, sem que, contudo, tivessem raízes alicerces, e acabaram desmoronando (Mc 4.16, 17);
  • Das tentações - Muitos crentes, depois de anos servindo na obra, caíram em fracasso e se desmoronaram. Eram casas construídas sobre a areia;
  • Do julgamento - "Portanto, nada julgues antes do tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desígnios dos corações; e então cada um receberá de Deus o louvor" (1Co 4.5);
  • Da eternidade - A eternidade revelará que tipo de material usamos na edificação. Se verdadeiro e resistente ou se falso e carregado de vaidade (1Co 3.l3).
2. Muitas edificações ficarão em ruínas

O Senhor Jesus concluiu esta parábola dizendo que, diante do teste final, a casa construída sobre a areia caiu, e completou: ... e foi grande a ruína daquela casa" (v. 49). Uma vida alicerçada no amor ao dinheiro, na cultura secular, na aparência exterior e no sucesso não resistirá à ação demolidora do juízo final (Ap 20.11-15). Como bem disse o salmista Davi: "Por isso os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos. Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá" (Sl 1.5,6).

3. Muitas edificações permanecerão inabaláveis

A resistência não está nas paredes da casa edificada, e sim no alicerce. O crente que ouve a Palavra de Deus e a pratica está construindo a sua vida sobre a Rocha que é Cristo, e nesta Rocha ele está seguro (Sl 125.1). É importante frisar que uma vida inabalável não pressupõe imunidade à doença, desemprego, sofrimento ou morte. Todos nós estamos sujeitos a estas intempéries. Se vivermos em obediência ao que as Escrituras nos ensina, temos a convicção de que nada poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 8.39).

CONCLUSÃO

Vimos os dois tipos de alicerces: um construído na areia e o outro sobre a rocha. Jesus Cristo, ao usar estas figuras, referia-se à vida cristã que deve ser muito bem alicerçada para que não venha a ruir. As Palavras de Cristo ressoam por toda a parte, quem tem ouvidos, ouçam-nas. Ainda há tempo de recomeçar; ainda há possibilidade de reconstruir. Abandone agora todo material de construção obsoleto, que não tem lhe permitido edificar sua vida espiritual sobre um fundamento seguro, e comece a viver pautado nas palavras de Cristo.

Reflexão:

"A Rocha significa a Palavra de Cristo que revela a vontade do Pai que está nos céus. O viver diário do crente deve ser pautado na Palavra de Cristo para realização dos planos de Deus. Isto é entrar pela porta estreita e andar pelo caminho apertado que conduz à vida. A chuva que cai dos céus, as torrentes que vem da terra, os ventos que sopram nos ares, referem-se à ação de Deus, dos homens e de Satanás, respectivamente, colocando à prova o viver e a obra do cristão.". (Comentário Bíblico Restauração)


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