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20 setembro 2014

- Pai, pequei contra o céu e perante ti" (Lucas 15.18).

Consequências de uma vida sem Deus

O que nos leva ao distanciamento de Deus

Introdução

Dentre as parábolas contadas pelo Senhor Jesus, a do filho pródigo, talvez, seja a que melhor descreve a situação daquele que se distancia de Deus. Em contrapartida, nos esclarece a respeito do grande amor do Pai, que espera de braços abertos aquele que se arrepende (Lc 15.20; Mt 11.28-30).

Neste estudo mostraremos os motivos que levam muitos ao distanciamento do Senhor, bem como as consequências resultantes dessa atitude. Por outro lado, veremos que sempre há a possibilidade de regresso à casa do Pai, de forma a experimentar a restauração que Ele opera em nós pelo seu grande amor.

Examinando o tema desse estudo, podemos entender o que levou o filho pródigo a deixar a casa de seu pai:

1. Imaturidade

O versículo 12 de Lucas 15 diz o seguinte:

"E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda."
Quem saiu de casa foi o mais jovem. Nesse caso específico, parece que a falta de experiência o levou a pensar nos prazeres fáceis, sem se dar conta do que poderia sofrer.

A imaturidade tem levado muitos ao fracasso nas mais diversas áreas: conjugal; financeira; social; e ministerial, etc. Os prazeres mundanos: prostituição; drogas; orgias, alucinam e atraem com facilidade os imaturos. Sem contar que estes são facilmente engodados por doutrinas antibíblicas que cada vez mais os afastam de Deus (Ef 4.14).

2. Premeditação

Versículo 13:
"E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente."
O moço já havia maquinado a respeito da sua saída, insistindo em seguir os desejos da sua carne. O sábio Salomão disse: As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é suave" (Pv 9.17). O pecado é, aparentemente, agradável, mas o seu salário é a morte (Gn 3.6; Rm 6.23). Deus abomina o "coração que maquina pensamentos viciosos, e pés que se apressam a correr para o mal" (Pv 6.18). Há alguns que pecaram por deslize; outros, simplesmente premeditaram; tiveram tempo para refletir e se arrepender, mas não o fizeram. É o exemplo de Davi, que cometeu adultério e, por consequência, matou Urias (2Sm 11.1-24).

3. Independência

"...ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua..." (v. 13) - Alguns cristãos abandonaram as suas congregações em busca de um evangelho fácil, de uma vida "cristã" isenta de renúncia. São crentes infrutíferos, inimigos da verdade, seguidores de fábulas (2Tm 4.4). Quase sempre é o desejo ardente por esta falsa liberdade que motiva filhos a saírem da casa de seus pais, para gozarem a libertinagem, e é por essa razão, também, que muitos saíram da presença de Deus.

4. Insensatez

Versículo 17:
"E, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome!".
Esta expressão mostra o quanto aquele jovem estava fora da realidade, uma vez que, estando totalmente fora de si foi capaz de tomar decisões tão descabidas quanto as que tomou.

A Palavra de Deus revela que uma vida pecaminosa está relacionada à falta de juízo, ou seja, quem anda errado, está fora de si (Sl 53.1; Mc 5.15). Ao homem que julgou estar seguro por toda a vida, em virtude de ter grãos em abundância, Deus disse: "Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?" (Lc 12.20).


Consequências do distanciamento de Deus

Distante do pai e sem os seus conselhos, o filho pródigo se viu agora mal vestido e faminto, desejando comer aquilo que era oferecido aos porcos. Muitos cristãos, distanciados de Deus, estão sofrendo estas amargas consequências, vejamos:

1. Perda de valores

O versículo 14 de Lucas 15, diz assim:

"E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades".
O incauto veio a padecer necessidades de tudo que abundava na casa do pai. Isso indica que houve perda nos seguintes sentidos:

- Valores materiais:

Até os empregados da casa de seu pai gozavam de maiores privilégios. A pobreza não é consequência de pecado, mas um estado miserável que pode indicar distanciamento de Deus, onde os bens não são duradouros;

- Valores psicológicos:

O filho passou a demonstrar um estado de morbidez, sofrendo com o rebaixamento da auto-estima. Este é o estado daquele que se distancia de Deus "...havendo perdido todo o sentimento, se entregaram..." (Ef 4.19), passando a ter uma disposição mental reprovável, ou sentimento perverso (cf. 1.28);

- Valores espirituais:

Houve perda de comunhão com o pai. Quem procura o caminho dos prazeres desvinculados de Deus, enterra os talentos, apaga-se a luz do evangelho, perde o sabor do sal, a alegria e, por fim, a vida eterna.

A atitude do filho de sair de casa nunca foi da vontade do Pai, mas mesmo assim, Ele está sempre de braços abertos para recebê-lo.

Solução para o distanciamento de Deus

Diante do exposto acima, o que o jovem, ao recobrar a lucidez, foi capaz de fazer:

1. Reconheceu seu estado miserável

Saul, embora não tenha se arrependido de verdade, pôde declarar: "Eis que procedi loucamente e errei grandissimamente" (1Sm 26.21). O filho pródigo passou a enxergar com clareza quando recobrou a sobriedade. O homem só pode entender o seu estado miserável quando é despertado pelo poder da Palavra de Deus: "Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá" (Ef 5.14).

2. Tomou disposição para recomeçar

Essa foi a atitude mais nobre do jovem: mostrou prudência, inteligência, lucidez e buscou nova oportunidade para recomeçar. A atitude de "levantar" ilustra a diligência espiritual (Rm 13.11,12). Esta deve ser a atitude daqueles que, um dia, iludidos pelo prazer do pecado, deixaram a presença do Pai (Hb 11.25). Se você, por meio deste estudo, ouviu a voz do Espírito Santo, não endureça o seu coração (Hb 3.7,8). Tome esta decisão: "Levantar-me-ei, e irei ter com meu Pai..." (v. 17a).

3. Apropriou-se do amor perdoador do Pai

"Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, e vesti-lho, e ponde-lhe um anel na mão e sandálias nos pés" (v. 22). Isso nos fala das vestes espirituais e aponta pra a justiça de Deus em Cris Jesus (Sl 132.9; Rm 5.1). O anel na mão fala de autoridade e as sandálias nos pés, de filiação, pois os escravos não usavam calçados. É uma característica do amor de Deus atrair para si homens de todos os povos e nações para o reino do seu amor (Jr 31.3), perdoando-lhes as suas ofensas por meio do sangue de Cristo derramado na cruz.

Desta forma, concluímos este estudo que nos desafia a uma tomada de decisão. É provável que todos nós tenhamos alguma área a ser tratada em nossas vidas. Afastar-se de Deus é cair na mediocridade e sofrer perdas de valores irreparáveis, muitas vezes.

Deus é longânimo e amoroso, por isso devemos nos voltar para Ele, enquanto há tempo (Is 55.6). Tomemos, agora, a decisão de regressar à casa do pai, a fim de sermos tratados por Ele, uma vez que só Nele há copiosa redenção.

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